quarta-feira, 16 de julho de 2014

Destino da Terra e Causa das Misérias Humanas

Admira-se de haver sobre a Terra tantas maldades e tantas paixões inferiores, tantas misérias e enfermidades de toda sorte, concluindo-se que miserável coisa é a espécie humana. Esse julgamento decorre de uma visão estreita, que dá uma falsa idéia do conjunto. È necessário considerar que toda humanidade não se encontra na Terra, mas apenas uma pequena fração dela. Porque a espécie humana abrange todos os seres dotados de razão, que povoam os inumeráveis mundos do Universo. Ora, o que seria a população da Terra, diante da população total desses mundos? Bem menos que a de um lugarejo em relação a de um grande império. A condição material e moral da humanidade terrena nada tem, pois, de estranho, se levarmos em conta o destino da Terra e a natureza de sua população.

Faríamos uma idéia muito falsa da população de uma grande cidade, se a julgássemos pelos moradores dos bairros mais pobres e sórdidos. Num hospital, só vemos doentes e estropiados; numa galé, vemos todas as torpezas, todos os vícios reunidos; nas regiões insalubres, a maior parte dos habitantes são pálidos, fracos e doentes. Pois bem: consideremos a Terra como um arrabalde, um hospital, uma penitenciária, um pantanal, porque ela é tudo isso a um só tempo, e compreenderemos porque as suas aflições sobrepujam os prazeres. Porque não se enviam aos hospitais as pessoas sadias, nem às casas de correção os que não praticam crimes, e nem os hospitais, nem as casas de correção, são lugares de delícias.

Ora, da mesma maneira que , numa cidade, toda a população não se encontra nos hospitais ou nas prisões, assim a humanidade inteira não se encontra na Terra. E como saímos do hospital quando estamos curados, e da prisão quando cumprimos a pena, o homem sai da Terra para mundos mais felizes, quando se acha curado de suas enfermidades morais.

O Evangelho Segundo o Espiritismo.

CIENTISTAS E ESPIRITISMO

Como dizia J. Herculano Pires:
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“A sobrevivência da alma após a morte foi cientificamente provada por Kardec e pelos grandes cientistas do século passado e deste século que se interessaram pelo assunto“

Abaixo citamos alguns cientistas a que Herculano Pires se referia:

WILLIAM CROOKES
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O trabalho realizado por Crookes, em benefício da ciência, é enorme. Enriqueceu-a com a descoberta do quarto estado da matéria, ou seja, o estado radiante. Sua obra, no campo da Física e da Química, é tão grande que projetou seu nome em todo o mundo.
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No setor das pesquisas dos fenômenos mediúnicos, Crookes realizou importante trabalho de laboratório, pois durante três anos, isto é, de 1870 a 1873, com a médium Florence Cook, de apenas quinze anos de idade, obteve a materialização de um Espírito, que dava o nome de Katie King. A materialização desse Espírito, graças à extraordinária faculdade de Miss Florence Cook, era completa, facultando, assim, investigação profunda, por parte de Mr. Crookes, que afirmou e deu testemunho dos fatos por ele verificados.
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GUSTAVO GELEY
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Cientista e profundo psiquista, era médico em Nancy, tendo abandonado a carreira para dedicar-se ao estudo dos fenômenos metapsíquicos. Fundou o Instituto Metapsíquico Internacional de Paris, do qual foi diretor. Fez inúmeras experiências sobre materializações, notadamente na obtenção de moldagens em gesso de mãos ectoplásmaticas.
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Na sua obra "Do Inconsciente ao Consciente", diz ele: "Para o homem suficientemente evoluído, a morte faz romper o círculo restrito no qual a vida material tinha encerrado uma consciência que transbordava – círculo da profissão, círculo da família, círculo da Pátria. O ser se encontra transportado além das lembranças habituais, dos amores e dos ódios, das paixões e de hábitos... Na cadeia das existências uma vida terrena não tem mais importância relativa que um dia no curso dessa existência."

CHARLES RICHET

Nasceu em Paris em 1850; aos 37 anos de idade foi nomeado lente catedrático de Filosofia da Faculdade de Medicina de Paris.
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Richet, no campo científico, foi um verdadeiro gênio: além de fisiologista de renome internacional, foi o descobridor da soroterapia.
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Depois de se ocupar com os fenômenos chamados supra-normais, porém deixando de lado a parte doutrinária oriunda destes, criou a Metapsíquica, que definiu como sendo uma "ciência que tem por objeto fenômenos mecânicos ou psicológicos, devido a forças que parecem inteligentes, ou a poderes desconhecidos, latentes na inteligência humana".
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EUGÊNE OSTY
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Foi médico neurologista de fama internacional. Exerceu, por muito tempo, a diretoria do Instituto Metapsíquico da França. Além de notável médico, realizou importantes trabalhos de pesquisas no campo experimental da fenomenologia espírita, tendo declarado, em sua obra "La Connaissance Supranormale", o seguinte:
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"Impõe-se a evidência de que estamos diante de um foco dínamo-psíquico, donde emanam manifestações de ilimitado poder. Além do consciente, encontra-se a propriedade de transformar a matéria viva, de torná-la amorfa, de exteriorizá-la e de fazer dela novas formas vivas. Além do consciente, encontra-se a propriedade de perceber o imperceptível, de conhecer o ignorado.
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Desconhecem-se, ainda, limitadamente, no fundo do ser humano, os atributos de que os filósofos ornaram o conceito divino – potência criadora, fora do tempo e do espaço. E ninguém está autorizado a presumir o que a investigação precisa, metódica, progressiva, poderá ainda descobrir."

PAUL GIBIER
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Discípulo de Pasteur, foi naturalista do Museu de História Natural da França.
Sobre os fenômenos espíritas, por ele observados, diz em sua obra "Análise das Coisas" que "podemos ter provas materiais da existência da alma. Este fato não deixa dúvida alguma no meu Espírito: a ciência poderá estudar d’ora em diante, quando quiser, o terceiro elemento constitutivo do Macrocosmo, como estuda outros dois elementos, que ela compreende então muito melhor, isto é, a matéria e a energia".
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EUGÈNE AUGUSTE ALBERT DE ROCHAS
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Nasceu em 30 de maio de 1837 e desencarnou em 2 de setembro de 1914. Foi engenheiro, coronel do Exército e Administrador da Escola Politécnica de Paris.
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Por meio de passes longitudinais, aplicados em alguns sensitivos, De Rochas conseguia provocar, nesses pacientes, a regressão da memória, fazendo com que eles se lembrassem, com toda precisão, de fatos ocorridos em várias encarnações passadas.
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BARÃO DE GOLDENSTUBBÉ
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Dedicou-se mais às experiências da escrita direta, na França. Escreveu o livro intitulado "La Réalité des Spirites et de leurs Manifestations" (A Realidade dos Espíritos e de suas Manifestações).
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Em poucos anos de trabalhos experimentais, o Barão obteve um número considerável de escrita direta, algumas obtidas sem o auxílio de lápis, papel ou ardósia. Os próprios espíritos comunicantes transportavam o material necessário para a obtenção das mensagens.

BARÃO CARL DU PREL
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Foi um dos grandes pensadores do século passado, tendo participado, em companhia dos professores Lombroso, Ermácora, Richet, Aksakof, Schiaparelli, Chiaia e outros, das experiências realizadas em Milão, em 1892.
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No prefácio do seu livro "O Outro Lado da Vida", diz ele: "Enquanto o homem permanecer na dúvida se é uma criatura física e imortal ou um ser metafísico imortal, não terá o direito de gabar-se da sua consciência pessoal, nem de limitar-se a ter a morte como um salto nas trevas. Isso não convém, sobretudo, a um filósofo, cujo primeiro dever, segundo Sócrates, é o de conhecer-se a si mesmo."
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FREDERICO ZÖLLNER
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Astrônomo famoso e professor da Universidade de Leipzig, goza de grande reputação nos meios científicos.
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Após inúmeras experiências realizadas no campo da fenomenologia espírita, publicou os resultados dessas investigações no livro intitulado "Física Transcendental":
"Adquiri a prova da existência de um mundo invisível que pode entrar em relação com a humanidade."
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DR. OCHOROWICZ
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Exerceu a cátedra na Universidade de Lemberg.
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Na Itália, teve oportunidade de constatar os extraordinários fenômenos produzidos por Eusápia Paladino. Declarou na "Gazeta Semanal Ilustrada", o seguinte:
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"Quando me recordo de que, numa certa época, eu me admirava da coragem de William Crookes em sustentar a realidade dos fenômenos espíritas; quando reflito, sobretudo, que li as suas obras com o sorriso estúpido que iluminava a fisionomia dos seus colegas, ao simples enunciado destas coisas, eu coro de vergonha por mim próprio e pelos outros."

LUIZ JACOLLIOT
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Em suas obras, este grande escritor orientalista já demonstrava a existência dos fenômenos espíritas.
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Quando tomou conhecimento das experiências de Crookes, declarou:
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"Qual não foi o meu espanto ao ver o ilustre químico inglês, depois de experiências quase semelhantes às que presenciei na Índia, concluir, finalmente, pela existência dessa força nova do organismo, que eu antevira, timidamente, muitos anos antes."
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ERNESTO BOZZANO
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Nasceu em 1862, em Gênova, Itália. Professor da Universidade de Turim, foi, antes de se converter ao Espiritismo, materialista, cético, positivista.
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Mais tarde, dedicou-se aos estudos espíritas orientado por guia espiritual essencialmente científico, o que fez com que Bozzano formasse sua base no terreno puramente empírico.
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Na sua obra "Fenômeno de Bilocação", afirma ele:
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"Os fundamentos do saber humano passarão da concepção materialista do Universo à concepção espiritualista do ser, com as conseqüências filosóficas, sociais, morais e religiosas, que dela decorrem..."
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ALFRED RUSSEL WALLACE
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Nasceu em 1823 e desencarnou em 1903. Foi um dos maiores cientistas que investigaram a sobrevivência e a comunicabilidade dos Espíritos; daí porque Wallace jamais deve ser esquecido.
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Em 1865, investigou os fenômenos das mesas girantes ainda tão em voga na Europa; a mediunidade de Mr. Marshall, de Mr. Cuppy e outras, estabelecendo, mais tarde, que os fenômenos espíritas "são inteiramente comprovados tão bem como quaisquer fatos que são provados em outras ciências".

SIR OLIVER LODGE
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Nasceu a 12 de junho de 1851, em Penkhull, Inglaterra. Educado no Grammar School de Newport e no University College de Londres, foi um dos mais reputados físicos da época.
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Em sua obra "Porque eu Creio na Imortalidade Pessoal", declara ele:
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"A prova da identidade pessoal está, assim, grandemente estabelecida, de maneira séria e sistemática, pelo exame crítico dos investigadores e, sobretudo, pelos esforços especiais e inteligentes dos comunicantes do além.
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Para mim, a evidência é virtualmente completa, e não tenho nenhuma dúvida da existência e da sobrevivência da personalidade, como não a teria sobre a dedução de qualquer experiência ordinária e normal."
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CÉSAR LOMBROSO
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Nasceu em 6 novembro de 1835 e desencarnou em 18 de novembro de 1909. Cientista universalmente conhecido pelos importantes trabalhos realizados no campo jurídico, desde muito cedo dedicou-se às letras.
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Sobre o Espiritismo, não podemos deixar de citar a "Pesquisa Sobre os Fenômenos Hipnóticos e Espíritas", através da qual relata todas as experiências realizadas, não só com Eusápia Paladino, como também com outros médiuns de efeitos físicos, como Elizabeth D’Esperance e Politi.
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CROMWELL FLEETWOOD VARLEY
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Eminente físico, descobridor do condensador elétrico, estabeleceu, por meio do cabo submarino, as comunicações entre a Inglaterra e os Estados Unidos.
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Quando caía em transe mediúnico, tinha visões. Produzia, também, curas; tratou de sua própria esposa de enfermidade refratária à terapêutica usual.
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Foi Varley quem idealizou e preparou os aparelhos elétricos que serviram para as experiências de Crookes com a médium Florence Cook e Daniel D. Home.

WILLIAM FLETCHER BARRET
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Professor de Física do "Royal College of Science for Dublin" e fundador da "Society for Psychical Researches", de Londres.
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No seu livro "Nos Umbrais do Invisível" declarou:
"Estou absolutamente convencido de que a ciência psíquica provou experimentalmente a existência de uma entidade transcendental e imaterial do homem: a alma."
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BENJAMIN FRANKLIN
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Célebre estadista americano, colaborou nos trabalhos de elaboração da Constituição dos Estados Unidos. Foi o inventor do pára-raios.
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Sobre o Espiritismo, declarou:
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"O homem só nasce completamente depois que morre. Por que então atormentarmo-nos por ter uma criança nascido entre os mortais? Nós somos estúpidos.
A cedência de corpos por empréstimo, enquanto eles nos podem proporcionar alegria, ajuda-nos a adquirir conhecimentos ou contribuir para fazer o bem aos nossos semelhantes, é um ato bondoso e benevolente de Deus"...
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ENRICO MORSELLI
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Especialista em doenças nervosas e mentais, professor da Universidade de Gênova, escreveu a obra intitulada "Psicologia e Espiritismo", na qual relata os fatos por ele observados com a notável médium Eusápia Paladino.
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JAMES HERVEY HYSLOP
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Professor da Universidade de Columbia, New York, e autor de várias obras, dentre as quais citamos "A Ciência Psíquica e a Ressurreição" e "A Ciência e a Vida Futura".
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Disse ele:
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"Foi meu pai, foram meus tios e meus irmãos falecidos, com os quais me entretive em profundo contato, que me provaram que a morte não existe e que a alma é imortal"...

ROBERT HARE
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Químico internacionalmente conhecido e professor da universidade de Pensilvânia.
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Publicou uma obra de grande repercussão, sob o título "Experimental Investigations of the Spiritual Manifestations", obra esta de cunho puramente científico.
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Em 1853, Robert Hare iniciou os estudos do Espiritismo, visando combatê-lo; entretanto, três anos mais tarde, demonstrava, através da obra citada, a existência e a comunicação dos Espíritos.
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PROF. MAPES
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Professor de Química da Academia Nacional dos Estados Unidos.
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Como Robert Hare, a princípio, combateu o Espiritismo.
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"Quando vi – disse ele – que alguns amigos meus estavam entregues à magia moderna, resolvi investigar o que de real poderia haver nisso, para salvar homens respeitáveis e ilustres que estavam a caminho da imbecilidade."
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P. BARKAS
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Professor de Geologia em New Castle, estudou os fenômenos espíritas, realizando inúmeras experiências que se acham relatadas na sua obra "Outlines of investigations in to Modern Spiritualism".
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O prof. Barkas, que foi colaborador da "Spiritual Magazine", declarou que suas convicções estavam bem amadurecidas e que os fatos espiritas não explicados pela Física nem pela Fisiologia, são devidos a agentes invisíveis e inteligentes.
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GEORGES SEXTON
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Fez campanha contra os fenômenos espíritas. Após quinze anos de investigação criteriosa, reconheceu que as comunicações recebidas eram realmente de amigos e parentes seus, já falecidos.
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Publicou dois importantes trabalhos "Scientific Materialism Calmly Considered" e "A Reply to Professor Tyndall’s".

WILLIAM JAMES
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Reitor da Universidade de Havard e filósofo mundialmente conhecido, publicou a obra "Etudes et Reflexions d’un Psychiste", na qual afirma que, na Inglaterra, cerca de um adulto sobre dez vê fantasmas.
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Nessa mesma obra, diz ele:
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"Quando uma teoria vem, sem cessar, à discussão, todas as vezes que a crítica ortodoxa a enterra, ela reaparece cada vez mais sólida e mais dura de acutilar, e podereis estar certo de que nela há uma parte de verdade..."
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"Muitas vezes a ciência matou os Espíritos, como uma das muitas superstições populares e, entretanto, nunca nos falaram deles com tanta abundância nem com tão grande aparência de autenticidade."
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AUGUSTO DE MORGAN
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Foi secretário da Real Sociedade de Londres e presidente da Sociedade de Matemática.
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Em uma de suas obras declarou:
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"Estou absolutamente convencido de que tenho visto e ouvido, em condições que tornam a incredulidade impossível, fenômenos chamados espíritas, que nenhum ser racional poderá explicar pela impostura, coincidência ou erro".