quinta-feira, 12 de dezembro de 2013


https://www.youtube.com/watch?v=-TFT05R4MIg

O fim do ano desperta em nós a vontade de sermos especiais. 

Esta é a sua oportunidade de fazer o bem em dobro, doando Cestas de Natal produzidas por e para projetos sociais. São 1000 cestas prontas para serem entregues a quem realmente precisa. 


Participe e compartilhe: www.cestanossasolidaria.org

domingo, 1 de dezembro de 2013

DIRETORIA ELEITA PARA O BIÊNIO 2014/2015

Em Assembléia Geral Ordinária realizada em 23/11/2013 foi eleita nova Diretoria, conforme abaixo,  para gerir a Instituição no Biênio 2014/2015

Diretoria Executiva

·                     Presidente: - Evandro Alcibiades Gregnanini - Fone: (11) 98622.2274
·                     Vice Presidente: - Lucilia Franzão - Fone: (11) 99808.9335
·                     1º Secretário: - Sergio Zanola - Fone: (11) 98456.2636
·                     2º Secretario: - Gilmar de Carvalho - Fone: (11) 97610.5471
·                     1º Tesoureiro: - Elady Queiroz - Fone: (11) 95440.5092
·                     2º Tesoureiro: - Francisco Junior - Fone: (11) 98085.1774
·                     Diretora Social: - Rosimeire C. Gregnanini - Fone: (11) 98218.5639

UAEAL: (11) 3966.3108

MANTENEDORES

·                     Centro Espírita Os Mensageiros - Fone: 3858.6614
·                     Centro Espírita União e Fraternidade - Fone: 3858.5848

Você que quer trabalhar como voluntário, iniciando novos 
trabalhos com jovens ou idosos, entre em contato conosco.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Ao corpo clínico da UAEAL


Queremos agradecê-los, em nome da comunidade, a todos vocês, que dedicam horas de trabalho voluntário para amenizar dores, acalmar corações angustiados, enfim doarem amor aos nossos irmãos carentes.

"Curar quando possível; aliviar quando necessário; consolar sempre". A frase proferida por Hipócrates, que viveu entre os anos  470 e 360 a.C. e é considerado o pai da Medicina, retrata a essência da profissão: estar próximo e oferecer conforto. 

Somos testemunhas do carinho de nossos assistidos pelos senhores, e também pelo carinho com que os senhores tratam os pacientes.


Recebam, neste dia em que é comemorado o dia do médico, nossas maiores vibrações de amor e respeito, somadas às vibrações de todos os pacientes assistidos por vocês. E que elas possam manter acesa a chama da caridade incondicional com nosso próximo.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

AVALIAÇÃO

Quando tiveres superado graves problemas de relacionamento no grupo das pessoas queridas, não te detenhas na lembrança das aflições e lágrimas que, porventura, tenhas trazido por dentro do próprio coração. Pensa no concurso recebido de benfeitores da Vida Maior que te escoraram, na travessia de inesperadas perturbações. 

Quando saíste desse ou daquele acidente, sem calamidades fatais, não te fixes na recordação das fases difíceis de semelhante acontecimento. Reflete no auxílio dos Enviados do Bem que conseguiram colocar-te a salvo de conseqüências a lamentar. 

Quando venceste lutas e tentações que te situavam às portas da insanidade ou do suicídio, não te demores na rememoração dos fatos que te impeliam a enganos e alucinações. Medita na dedicação dos Amigos Espirituais, domiciliados em Plano Superior, que te evitaram a queda nos despenhadeiros da sombra. 

Quando varaste o tratamento da saúde comprometida por enfermidade complexa, não te cristalizes na idéia de doença e sofrimento. Imagina a generosidade dos Mensageiros da Luz que te reduziram as crises orgânicas, sem que disso te apercebesses, socorrendo-te, tanto na assistência médica como também no carinho daqueles que te rodeiam, a fim de que se te alongue a existência na Terra, com a oportunidade de trabalhar. Ainda mesmo nas provas que consideres claramente infelizes, não te craves em pensamentos de tristeza ou desânimo. 

Avalia as bênçãos que te ficam no balanço de quaisquer ocorrências e agradece o saldo dos recursos e vantagens com que a Misericórdia Divina te favorece, na certeza de que os Emissários dos Céus te ajudarão a reconhecer que Deus, em qualquer situação e em qualquer tempo, faz, por nós todos, o que seja melhor. 

FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER 
Ditado pelo Espírito 
Meimei 

A AMIZADE

A amizade é o sentimento que imanta as almas unas às outras, gerando alegria e bem-estar. 

A amizade é suave expressão do ser humano que necessita intercambiar as força s da emoção sob os estímulo s do entendimento fraternal. 

Inspirador a de coragem e de abnegação. a amizade enfloresce as almas, abençoando-as com resistências para as lutas. 

Há, no mundo moderno, muita falta de amizade!

O egoísmo afasta as pessoa s e as isola.

A amizade as aproxima e irmana.

O medo agride as alma s e infelicita.

A amizade apazigua e alegra os indivíduos.

A desconfiança desarmoniza as vidas e a amizade equilibra as mentes, dulcificando os corações.

Na área dos amor es de profundidade, a presença da amizade é fundamental.

Ela nasce de uma expressão de simpatia, e firma-se com as raízes do afeto seguro, fincadas nas terra s da alma.

Quando outras emoções se estiolam no vaivém dos choques, a amizade perdura, companheira devotada dos homens que se estimam.

Se a amizade fugisse da Terra, a vida espiritual dos seres se esfacelaria.

Ela é meiga e paciente, vigilante e ativa.

Discreta, apaga-se, para que brilhe aquele a quem se afeiçoa.

Sustenta na fraqueza e liberta nos momentos de dor.

A amizade é fácil de ser vitalizada.

Cultivá-la, constitui um dever de todo aquele que pensa e aspira, porquanto, ninguém logra êxito, se avança com aridez na alam ou indiferente ao elevo da sua fluidez.

Quando os impulsos sexuais do amor, nos nubentes, passam, a amizade fica.

Quando a desilusão apaga o fogo dos desejo s nos grandes romances, se existe amizade, não se rompem os liames da união.

A amizade de Jesus pelos discípulos e pelas multidões dá-nos, até hoje, a dimensão do que é o amor na sua essência mais pura, demonstrando que ela é o passo inicial para essa conquista superior que é meta de todas as vidas e mandamento maior da Lei Divina.

Autora: Joanna de Ângelis - Divaldo P. Franco, psicografou

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

DECLARAÇÃO DE BENS


      O pai moderno, muitas vezes perplexo, aflito, angustiado, passa a vida inteira correndo atrás do futuro e se esquecendo  do agora. Na luta para edificar este futuro, ele renuncia ao presente. Por isso, é um homem ocupado, sem tempo para os filhos, envolvido em mil atividades __ tudo com o objetivo de garantir o seu amanhã.

     E com que prazer e orgulho, cada ano, ele preenche sua declaração de bens para o Imposto de Renda. Cada nova linha acrescida foi produto de muito esforço, muito trabalho. Lote, casa, apartamento, sítio __ tudo isso custou dias, semanas, meses de luta. Mas ele está sedimentando o futuro de sua família. Se ele parte um dia, por qualquer motivo, já cumpriu sua missão e não vai deixar ninguém desamparado.

     E para ir escrevendo cada vez mais linhas na sua relação de bens, ele não se contenta com um emprego só __ é preciso ter dois ou três; vender parte das férias, em vez de descansar junto à família; levar serviço para fazer em casa, em vez de ficar com os filhos; e é um tal de viajar, almoçar fora, discutir negócios, marcar reuniões, preencher a agenda __ afinal, ele é um executivo dinâmico, faz parte do mundo competitivo, não pode fraquejar.

     No entanto, esse homem se esquece de que a verdadeira declaração de bens, o valor mais alto, aquele que efetivamente conta, está em outra página do formulário do Imposto de Renda __ mais precisamente, naquelas modestas linhas, quase escondidas, onde se lê “relação dos dependentes”. Aqueles que dependem dele, os filhos que ele colocou no mundo, e a quem deve dedicar o melhor de seu tempo.

     Os filhos são novos demais, não estão interessados em lotes, casas, salas para alugar, aumento de renda bruta __ nada disso. Eles só querem um pai com quem possam conviver, dialogar, brincar.

     Os anos vão passando, os meninos vão crescendo, e o pai nem percebe, porque se entregou de tal forma ao trabalho __ vulgo construção do futuro __ que não viveu com eles, não participou de suas pequenas alegrias, não os levou ou buscou no colégio, nunca foi a uma festa infantil, não teve tempo para assistir a coroação da menina __  pois  um executivo não deve desviar sua atenção para essas bobagens. São coisas de desocupados.

    Há filhos órfãos de pais vivos, porque estão “entregues” __ o pai para um lado, a mãe para o outro, e a família desintegrada, sem amor, sem diálogo, sem convivência. E é esta convivência que solidifica a fraternidade entre os irmãos, abre seu coração, elimina problemas, resolve as coisas na base do entendimento.

     Há irmãos crescendo como verdadeiros estranhos, porque correm de um lado para o outro o dia inteiro __ ginástica, natação, judô, balé, aula de música, curso de Inglês, terapia, lição de piano, etc. __ e só se encontram de passagem em casa, um chegando, o outro saindo. Não vivem juntos, não saem juntos, não conversam __ e, para ver os pais, quase é preciso marcar hora.

     Depois de uma dramática experiência pessoal e familiar vivida, a única mensagem que tenho para dar __ e que tem sido repetida exaustivamente em paróquias, encontros familiares, movimentos e entidades __ é esta : não há tempo melhor aplicado do que aquele destinado aos filhos.

     Dos 18 anos de casado, passei 15 anos correndo e trabalhando, absorvido por muitas tarefas, envolvido em várias ocupações, totalmente entregue a um objetivo único e prioritário construir o futuro para três filhos e minha mulher. Isso me custou longos afastamentos de casa, viagens, estágios, cursos, plantões no jornal, madrugadas no estúdio da televisão,  uma vida sempre agitada, atarefada, tormentosa, e apaixonante na dedicação à profissão escolhida __ e que foi, na verdade, mais importante do que minha família.

     E agora, aqui estou eu, de mãos cheias e de coração aberto, diante de todos vocês, que me conhecem muito bem. Aqui está o resultado de tanto esforço: construí o futuro, penosamente, e não sei o que fazer com ele, depois da perda do Luiz Otávio.

     De que valem casa, carros, sala, lote, e tudo o mais que foi possível juntar nesses anos todos de esforço, se ele não está mais aqui para aproveitar isso com a gente?

     Se o resultado de 30 anos de trabalho fosse consumido agora por um incêndio, e desses bens todos não restasse nada mais do que cinzas, isso não teria a menor importância, não ia provocar o menor abalo em nossa vida, porque a escala de valores mudou, e o dinheiro passou a ter um peso mínimo e relativo em tudo.

     Se o dinheiro não foi capaz de comprar a cura e a saúde de um filho amado, para que serve ele? Para ser escravo dele?

     Eu trocaria __ explodindo de felicidade __ todas as linhas da declaração de bens por uma única linha que eu tive de retirar, do outro lado da folha o nome do meu filho na relação dos dependentes. E como me doeu retirar essa linha na declaração de 1983, ano base de 82.

Helio Fraga, jornalista em Belo Horizonte, MG .  Esta crônica consta do livro do próprio autor “A Família, Último Lugar?” (3ª edição) publicado pelas Edições Paulinas. 

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

MUITOS GOSTARIAM DE ESTAR NO SEU LUGAR

"Se você está triste porque perdeu seu amor,    
Lembre-se daquele que não teve um amor para perder;
Se você se decepcionou com alguma coisa,
Lembre-se daquele cujo nascimento já foi uma decepção;
Se você está cansado de trabalhar,
Lembre-se daquele que, angustiado, perdeu seu emprego;
Se você reclama de uma comida mal feita,
Lembre-se daquele que morre faminto, sem ter pão;
Se um sonho seu foi desfeito,
Lembre-se daquele que vive num pesadelo constante;
Se você anda aborrecido,
Lembre-se daquele que espera um sorriso seu.
Se você teve:
Um amor para perder,
Um trabalho para cansar,
Um sonho desfeito,
Uma tristeza para sentir,
Uma comida para reclamar..

Lembre-se de agradecer a Deus, porque existem muitos que dariam tudo para estar no seu lugar. "

domingo, 22 de setembro de 2013

SERÁ QUE SOMOS NORMAIS ?

A resposta à pergunta acima é simples, se depender de um estudo da equipe do Laboratório de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo (HC), iniciado há dois anos.

De acordo com os dados obtidos por uma bateria de testes, apenas 26,4% das pessoas são normais.

O levantamento feito pelo HC teve o objetivo de testar os efeitos do antidepressivo cloripramina em voluntários sem nenhum transtorno psiquiátrico. O problema é que, de cada 100 pessoas que se apresentam para participar , cerca de 80 acabam dispensadas por não preencher alguns requisitos básicos. E o principal deles é justamente ser normal.

O exame é rigoroso. Para passar na seleção da equipe, é preciso enfrentar três etapas rigorosas e padronizadas. A primeira elimina o maior número de candidatos (53%). Ela se baseia em critérios de idade (é preciso ter entre 21 e 50 anos), de escolaridade (exige-se 1º grau completo) e num
teste americano chamado Self Report Questionary, ou SRQ, de 20 perguntas. Aparentemente simples, ele é capaz de detectar se a pessoa tem ou não transtornos psicológicos. As chances de acerto são de 80%.

O teste é mais implacável com as mulheres. Há uma diferença de dois números em favor dos homens na pontuação de corte - seis respostas “sim” para eles e quatro para elas. A psiquiatra Mônica Vilberman, uma das responsáveis pela segunda etapa do estudo, afirmou que é preciso ser mais duro com as mulheres “porque elas têm maior oscilação hormonal e mais facilidade em falar de intimidades”.

Na segunda fase de testes, que causa a eliminação de 43% dos entrevistados, psiquiatras investigam se há transtornos psicológicos na família do candidato. As últimas etapas são exames laboratoriais e mais uma entrevista com o psiquiatra, só que dessa vez com quatro horas de duração. “No total, ficam só 26,4%”, afirmou a psiquiatra Elaine Henna. É o fim da maratona: o candidato recebe um “atestado” de normalidade.
O fato é que até o final de 2004, somente 40 pessoas resistiram até o fim, menos da metade do necessário. Depois da triagem, são oito semanas de estudo, nas quais o candidato toma doses mínimas de cloripramina, de 10 a 40 miligramas. Ressalta-se que em pessoas depressivas, são aplicadas de 150 a 300mg da droga. Entre os participantes, a depressão é a doença mais comum (46%), seguida de ansiedade (21%) e obsessões (8%).

O psicanalista Ailton Amélio, da Universidade de São Paulo (USP), tranqüilizou os candidatos, dizendo que “se um determinado transtorno, como timidez e ansiedade, não prejudica aos outros e ao próprio portador dele, não é preciso se preocupar”. Para ele, “o normal é não ser normal”.

Sem considerar, neste artigo, os critérios utilizados pela pesquisa para definir o conceito de normalidade, quem observa o fenômeno sob o ponto de vista espiritual deve acrescentar a esse tipo de conclusão as influências que a realidade do Espírito traz para a saúde psíquica do Ser humano.
Vivemos sob uma nuvem de ondas mentais, de presenças espirituais, de estímulos psicológicos que fogem aos parâmetros de percepção dos homens. Muitas dessas influências agem nas causas de inúmeras atitudes das pessoas, desde a execução de crimes horrendos, inspirados pelas sombras da maldade, até gestos da mais pura conduta amorosa, como o socorro prestado na hora exata, a palavra correta que silencia a chance do crime ou a prece sublime, acompanhada por benfeitores anônimos, verdadeiros missionários da luz.
..
O Espírito Calderaro faz referência a essa questão na obra NO MUNDO MAIOR. O instrutor espiritual de André Luiz lembra que muitos encarnados batalham diariamente para vencer os próprios monstros interiores que carregam consigo. “Há pessoas que têm vocação para o abismo”, afirma.

Nessa luta, enfrentam as pressões da ansiedade, os transtornos bipolares, em que não conseguem administrar os impulsos de depressão e euforia que lhes tomam a mente, os processos mais graves de paranóia e esquizofrenia e outras enfermidades da alma, a agirem negativamente na vida de relação deles com o mundo.

Os transtornos alimentares, como anorexia, bulimia e obesidade mórbida desencadeiam outros quadros graves de difícil solução, a exigir disciplina do paciente e atenção amorosa de médicos e familiares, para que a pessoa consiga enxergar horizontes renovados, mais claros e otimistas com relação ao futuro.

Diante dessa intensa dinâmica da relação do homem consigo mesmo, incluindo-se aí a movimentação do mundo espiritual ao seu redor, é natural considerarmos que nem todo mundo pode mesmo ser “Normal”.

O ambiente psíquico da Humanidade ainda é extremamente heterogêneo, doentiamente desestruturado, seriamente desequilibrado. Isto exige elevada atenção de quem quer sobreviver emocionalmente um pouco acima da média, estruturando-se intimamente para vibrar sobre as ondas psíquicas de caráter doentio.

Os espíritas temos a oportunidade de cuidar com apreço bastante apurado da saúde emocional. Há trabalho suficiente no Bem, sob o amparo da orientação doutrinária, para que compreendamos com profundidade os impulsos da depressão e dos transtornos da mente, para que nos permitamos cair nessa faixa, incorrendo nas conseqüências imediatas desse tipo de sintonia.

Temos como remédio a luz do autoconhecimento, a coragem de agir sempre focados no bem coletivo, a alegria que deve caracterizar nossa opção de vida, além da prece, espelhada em nossas meditações profundas em busca do melhor que somos e podemos ser.

Se um dia nós fossemos fazer o teste do Hospital das Clínicas de São Paulo, talvez não passássemos no exame da normalidade, dentro dos critérios definidos pela pesquisa.

Não é problema. O que importa é se podemos afirmar agora, com segurança, se temos o controle de nossa vida em nossas mãos, se estamos dedicados o suficiente para conhecer as entranhas de cada atitude que tomamos , se os impulsos mais primitivos que ainda nos caracterizam estão sob o controle do Ser que busca ser melhor a cada minuto dos dias.

Sentir no bem, para pensar no bem e agir no bem. A proposta é de Emmanuel, vindo com perfeição se encaixar na nova dinâmica que precisamos impor à vida emocional, apesar de possíveis oscilações que possam aparecer no decorrer dos tempos tumultuados que chegarão.
Esta, sim, é a normalidade adequada, em que nos oferecemos não só como um Ser melhor à vida, mas como alguém interessado em colaborar para que os outros se aproximem também, o mais rápido possível, da normalidade de seres equilibrados espiritualmente.

Fonte: REFORMADOR, nº2118

sábado, 7 de setembro de 2013

" A URGÊNCIA DE VIVER" por Henry Sobel

Esta mensagem foi proferida por Henry Sobel a alguns anos atrás em comemoração do
Ano Novo Judaico.
 
A Neilá é a última oração proferida no entardecer do Yom  Kippur (o Dia  do Perdão) , que antecede a passagem do Ano Novo Judaico. O Dia do Perdão é dedicado a reflexões sobre os atos praticados.
 
A mensagem é atemporal, o texto embora atribuido  ao rabino Henry Sobel , não pertence a nenhum segmento religioso -  é universal, pois contém verdades incontestáveis!


  " A Urgência de Viver"

" Todos os anos , nesta hora de Neilá, eu observo os seus rostos e vejo algo indefinível em suas expressões.Sei lá, um misto de alegria e tristeza...não sei se "tristeza" é a palavra certa, talvez "apreensão". Antigamente, entendia o porque. Hoje, um pouco mais velho, um pouco mais maduro, um pouco mais vivido, um pouco mais sensível, acho que consigo "compreender".

A matemática da vida não é simples. Cada soma também é uma subtração. Quando somamos mais um "Yom Kipur" àqueles que já vivemos, subtraímos um "Yom Kipur" daqueles que nos restam para viver. Então , a felicidade de estarmos aqui hoje à noite vem acompanhada da melancólica percepção de que o tempo passa e a vida voa. Nesta hora de "Neilá", talvez mais do que em qualquer outra, sentimos a urgência de viver.

Décimo primeiro mandamento, proposto por Teddy Kollek, prefeito de Jerusalém: " Não serás  paciente". À primeira vista, tal conselho parece ir contra uma das qualidades mais valorizadas pela humanidade - a paciência é uma virtude! No entanto, ao refletirmos sobre as palavras de Kollek, percebemos que elas contem uma grande sabedoria.A impaciência é necessária para remediar nossa tendência tão humana de protelar. Pois a verdade é que em muitas áreas vitais da nossa existência, somos pacientes demais.

Esperamos demais para fazer o que precisa ser feito, num mundo que só nos dá um dia de cada vez, sem nenhuma garantia do amanhã.Enquanto lamentamos que a vida é curta, agimos como se tivéssemos à nossa disposição, um estoque inesgotável de tempo.

Esperamos demais para dizer as palavras de perdão que devem ser ditas, para por de lado os rancores que devem ser expulsos, para expressar gratidão, para dar ânimo , para oferecer consolo.

Esperamos demais para ser generosos, deixando que a demora diminua a alegria de dar espontaneamente.

Esperamos demais para ser pais dos nossos filhos pequenos, esquecendo quão curto é o tempo em que eles serão pequenos, quão depressa a vida os faz crescer e ir embora...

Esperamos demais para dar carinho aos nossos pais, irmãos e amigos.Quem sabe quão logo será tarde demais?!

Esperamos demais para ler os livros, ouvir as músicas, ver os quadros que estão esperando para alargar nossa mente, enriquecer nosso espírito e expandir nossa alma.

Esperamos demais para enunciar as preces que estão esperando para atravessar nossos lábios, para executar as tarefas que estão esperando para serem cumpridas, para demostrar o amor que talvez não seja mais necessário amanhã.

Esperamos demais nos bastidores quando a vida tem um papel para desempenharmos no palco.

Deus também está esperando.
Esperando nós pararmos de esperar.
Esperando nós começarmos a fazer agora tudo aquilo para o qual este dia  e esta vida nos foram dados.

Meus amigos: É Hora de Viver!

domingo, 25 de agosto de 2013

FALECEU ONTEM A PESSOA QUE ATRAPALHAVA A SUA VIDA

Um dia, quando os funcionários chegaram para trabalhar, encontraram na portaria um cartaz enorme, no qual estava escrito:
"Faleceu ontem a pessoa que atrapalhava sua vida na Empresa. Você está convidado para o velório na quadra de esportes".

No início, todos se entristeceram com a morte de alguém, mas depois de algum tempo, ficaram curiosos para saber quem estava atrapalhando sua vida e bloqueando seu crescimento na empresa. A agitação na quadra de esportes era tão grande, que foi preciso chamar os seguranças para organizar a fila do velório. Conforme as pessoas iam se aproximando do caixão, a excitação aumentava:

- Quem será que estava atrapalhando o meu progresso ?
- Ainda bem que esse infeliz morreu !

Um a um, os funcionários, agitados, se aproximavam do caixão, olhavam pelo visor do caixão a fim de reconhecer o defunto, engoliam em seco e saiam de cabeça abaixada, sem nada falar uns com os outros. Ficavam no mais absoluto silêncio, como se tivessem sido atingidos no fundo da alma e dirigiam-se para suas salas. Todos, muito curiosos mantinham-se na fila até chegar a sua vez de verificar quem estava no caixão e que tinha atrapalhado tanto a cada um deles.

A pergunta ecoava na mente de todos: "Quem está nesse caixão"?

No visor do caixão havia um espelho e cada um via a si mesmo... Só existe uma pessoa capaz de limitar seu crescimento: VOCÊ MESMO! Você é a única pessoa que pode fazer a revolução de sua vida. Você é a única pessoa que pode prejudicar a sua vida. Você é a única pessoa que pode ajudar a si mesmo. "SUA VIDA NÃO MUDA QUANDO SEU CHEFE MUDA, QUANDO SUA EMPRESA MUDA, QUANDO SEUS PAIS MUDAM, QUANDO SEU(SUA) NAMORADO(A) MUDA. SUA VIDA MUDA... QUANDO VOCÊ MUDA! VOCÊ É O ÚNICO RESPONSÁVEL POR ELA."

O mundo é como um espelho que devolve a cada pessoa o reflexo de seus próprios pensamentos e atos. A maneira como você encara a vida é que faz toda diferença. A vida muda, quando "você muda!"

Pense nisso.

Autor: Wanderson Tranquilino

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Dia dos Pais - Conheça a visão espírita da paternidade

O Dia dos Pais teve origem na antiga Babilônia, há mais de 4 mil anos. Um jovem chamado Elmesu moldou em argila o primeiro cartão para o Dia dos Pais com mensagens em que desejava sorte, saúde e longa vida ao seu pai.

Em 1909, a data surgiu nos Estados Unidos por Sonora Luise1 motivada pela admiração que sentia pelo seu pai, William Jackson Smart. O interesse pela data difundiu-se da cidade de Spokane para todo o Estado de Washington e daí tornou-se uma festa nacional, oficializada em 1972 pelo então presidente Richard Nixon, sendo comemorada sempre no terceiro domingo do mês de junho.

No Brasil, o Dia dos Pais surgiu em meados da década de 50, pelo publicitário Sylvio Bhering celebrada inicialmente no dia 28 de fevereiro, dia em que comemora-se o dia de São Joaquim, patriarca da família e, segundo a tradição da igreja católica, também o Dia do Padrinho. Atualmente, o Dia dos Pais é comemorado sempre no segundo domingo do mês de agosto.

A Paternidade

Em O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, Parte Segunda – Capítulo 10 - "Ocupações e missões dos espíritos", encontramos a seguinte explicação sobre a paternidade:

582 - Pode se considerar como missão a paternidade?

"É, sem dúvida, uma missão, e é ao mesmo tempo um dever muito grande que obriga, mais que o homem pensa, sua responsabilidade diante do futuro. Deus colocou a criança sob a tutela de seus pais para que esses a dirijam no caminho do bem, e facilitou a tarefa, dando à criança um organismo frágil e delicado que a torna acessível a todas as influências. Mas há os que se ocupam mais em endireitar as árvores de seu pomar e as fazer produzir bons frutos do que endireitar o caráter de seu filho. Se esse fracassa por erro deles, carregarão a pena e os sofrimentos do filho na vida futura, que recairão sobre eles, porque não fizeram o que deles dependia para seu adiantamento no caminho do bem".

Segundo o livro “Nos Domínios da Mediunidade”, André Luiz , através da psicografia do médium Chico Xavier a paternidade vai além da missão de educador; é abordada com enfoque maior ao progresso moral, como evidencia o trecho a seguir [...] "A paternidade e a maternidade, dignamente vividas no mundo, constituem sacerdócio dos mais altos para o Espírito reencarnado na Terra, pois através dela a regeneração e o progresso se efetuam com segurança e clareza" [...]

A paternidade, segundo o espiritismo, significa receber preciosos talentos, que conforme o ensino da Parábola dos Talentos encontrada em O Evangelho de Mateus (25:14-29), devem ser movimentados com inteligência para que produzam os juros devidos, ou seja, o adiantamento daqueles por cuja educação nós tenhamos sido responsáveis, é o momento de transição em que o homem deixa de ser filho para ser pai, com responsabilidades com um outro ser.

José Herculano Pires aborda a questão da paternidade num enfoque maior à responsabilidade de educar em bases cristãs:

“A Educação Cristã reformou o mundo, mas os homens a complicaram e deturparam. A consciência do pecado pesou mais nas almas do que a consciência da libertação em Cristo. Tomás de Aquino ensinou: ´...Mães, os vossos filhos são cavalos!´ Educar transformou-se em domar, domesticar, subjugar. A repressão gerou a revolta e reconduziu o mundo ao ateísmo e ao materialismo, à loucura do sensualismo. 

A Educação Espírita é a Renascença da Pedagogia Cristã. É nela que o exemplo e o ensino do Cristo renascem na Terra em sua pureza primitiva. Precisamos reformar os nossos conceitos de educação à luz dos princípios espíritas e dos grandes exemplos históricos. Dizia uma grande figura espiritualista inglesa, Annie Besant , que cada criança e cada adolescente representam planos de Deus encarnados na Terra e endereçados ao futuro. Aprendemos a respeitar essas mensagens divinas. Lembremo-nos de nossa própria infância e se por acaso verificamos que nossa mensagem se perdeu ao longo da existência, que nosso plano divino foi prejudicado pelos homens, pelos maus exemplos e pelos ensinos falsos, juremos perante o nosso coração que havemos de evitar esse prejuízo para as novas gerações. Pais, sejamos mestres! Mestres, sejamos pais! 

Que cada rostinho de criança aberto à nossa frente, como uma flor que desabrocha, nos desperte no coração o melhor de nós mesmos, o impulso do amor. Que cada adolescente, na sua inquietude e na sua irreverência - jovem ego que se afirma pela oposição ao mundo - não provoque a nossa compreensão e a nossa ternura. Para domar o potro precisamos de sela e das esporas, mas para educar o jovem só necessitamos de amor. A educação espírita como no lar como uma fonte oculta e deve ganhar a planície como um rio tranqüilo em busca do mar” (PIRES, J. Herculano - Pedagogia Espírita, Edicel, 1985)


terça-feira, 30 de julho de 2013

O PAI NOSSO OU ORAÇÃO DOMINICAL

(Evangelho segundo o Espiritismo - Cap. 28)


I.   Pai Nosso, que estás no céu, santificado seja o teu nome! 


Cremos em ti, Senhor, porque tudo revela o teu poder e a tua bondade. A harmonia do Universo dá testemunho de uma sabedoria, de uma prudência e de uma previdência que ultrapassam todas as faculdades humanas. Em todas as obras da Criação, desde o raminho de erva minúscula e o inseto pequenino, até os astros que se movem no espaço, acha-se inscrito o nome de um ser soberanamente grande e sábio. Por toda parte se nos depara a prova de paternal solicitude. Cego, portanto, é aquele que te não reconhece nas tuas obras, orgulhoso aquele que te não glorifica e ingrato aquele que te não rende graças.

II. Venha o teu reino! 

Senhor, destes aos homens leis plenas de sabedoria e que lhes dariam a felicidade, se eles as cumprissem. Com essas leis, fariam reinar entre si a paz e a justiça e mutuamente se auxiliariam, em vez de se maltratarem, como o fazem. O forte sustentaria o fraco, em vez de o esmagar. Evitados seriam os males, que se geram dos excessos e dos abusos. Todas as misérias deste mundo provêm da violação de tuas leis, porquanto nenhuma infração delas deixa de ocasionar fatais consequências.

Deste ao bruto o instinto, que lhe traça o limite do necessário, e ele maquinalmente se conforma; ao homem, no entanto, além desse instinto, deste a inteligência e a razão; também lhe deste a liberdade de cumprir ou infringir aquelas das tuas leis que pessoalmente lhe concernem, isto é, a liberdade de escolher entre o bem e o mal, a fim de que tenha o mérito e a responsabilidade das suas ações.

Ninguém pode pretextar ignorância das tuas leis, pois, com paternal previdência, quiseste que elas se gravassem na consciência de cada um, sem distinção de cultos, nem de nações. Se as violam, é porque as desprezam.

Dia virá em que, segundo a tua promessa, todos as praticarão. A incredulidade, então, terá desaparecido. Todos te reconhecerão por soberano Senhor de todas as coisas, e o reinado das tuas leis será o teu reino na Terra.

Digna-te, Senhor, de apressar-lhe o advento, outorgando aos homens a luz necessária, que os conduza ao caminho da verdade.

III.  Faça-se a tua vontade, assim na Terra como no Céu.

Se a submissão é um dever do filho para com o pai, do inferior para com o seu superior, quão maior não deve ser a da criatura para com o seu Criador! Fazer a tua vontade, Senhor, é observar as tuas leis e submeter-se, sem queixumes, aos teus decretos. O homem a ela se submeterá, quando compreender que és a fonte de toda a sabedoria e que sem ti ele nada pode. Fará, então, a tua vontade na Terra, como os eleitos a fazem no Céu.

IV.  Dá-nos o pão de cada dia.

Dá-nos o alimento indispensável à sustentação das forças do corpo; mas, dá-nos também o alimento espiritual para o desenvolvimento do nosso Espírito.

O bruto encontra a sua pastagem; o homem, porém, deve o sustento à sua própria atividade e aos recursos da sua inteligência, porque o criaste livre.

Tu lhe hás dito: “Tirarás da terra o alimento com o suor da tua fronte.” Desse modo, fizeste do trabalho, para ele, uma obrigação, a fim de que exercitasse a inteligência na procura dos meios de prover às suas necessidades e ao seu bem-estar, uns mediante o labor manual, outros pelo labor intelectual. Sem o trabalho, ele se conservaria estacionário e não poderia aspirar à felicidade dos Espíritos superiores.

Ajudas o homem de boa vontade que em ti confia, pelo que concerne ao necessário; não, porém, àquele que se compraz na ociosidade e desejara tudo obter sem esforço, nem àquele que busca o supérfluo.

Quantos e quantos sucumbem por culpa própria, pela sua incúria, pela sua imprevidência, ou pela sua ambição e por não terem querido contentar-se com o que lhes havias concedido! Esses são os artífices do seu infortúnio e carecem do direito de queixar-se, pois que são punidos naquilo em que pecaram. Mas, nem a esses mesmos abandonas, porque és infinitamente misericordioso. Estende-lhes as mãos para socorrê-los, desde que, como o filho pródigo, se voltem sinceramente para ti.

Antes de nos queixarmos da sorte, inquiramos de nós mesmos se ela não é obra nossa. A cada desgraça que nos chegue, cuidemos de saber se não teria estado em nossas mãos evitá-la. Consideremos também que Deus nos outorgou a inteligência para tirar-nos do lameiro, e que de nós depende o modo de a utilizarmos.

Pois que à lei do trabalho se acha submetido o homem da Terra, dá-nos coragem e forças para obedecer a essa lei. Dá-nos também a prudência, a previdência e a moderação, a fim de não perdermos o respectivo fruto.

Dá-nos, pois, Senhor, o pão de cada dia, isto é, os meios de adquirirmos, pelo trabalho, as coisas necessárias à vida, porquanto ninguém tem o direito de reclamar o supérfluo.

Se trabalhar nos é impossível, à tua divina providência nos confiamos.

Se está nos teus desígnios experimentar-nos pelas mais duras provações, a despeito dos nossos esforços, aceitamo-las como justa expiação das faltas que tenhamos cometido nesta existência, ou noutra anterior, porquanto és justo. Sabemos que não há penas imerecidas e que jamais castigas sem causa.

Preserva-nos, ó meu Deus, de invejar os que possuem o que não temos, nem mesmo os que dispõem do supérfluo, ao passo que a nós nos falta o necessário. Perdoa-lhes, se esquecem a lei de caridade e de amor do próximo, que lhes ensinaste.

Afasta, igualmente, do nosso espírito a ideia de negar a tua justiça, ao notarmos a prosperidade do mau e a desgraça que cai por vezes sobre o homem de bem. Já sabemos, graças às novas luzes que te aprouve conceder-nos, que a tua justiça se cumpre sempre e a ninguém excetua; que a prosperidade material do mau é efêmera, quanto a sua existência corpórea, e que experimentará terríveis reveses, ao passo que eterno será o júbilo daquele que sofre resignado.

V.  Perdoa as nossas dívidas, como perdoamos aos que nos devem. – Perdoa as nossas ofensas, como perdoamos aos que nos ofenderam. 

Cada uma das nossas infrações às tuas leis, Senhor, é uma ofensa que te fazemos e uma dívida que contraímos e que cedo ou tarde teremos de saldar. Rogamos-te que no-las perdoes pela tua infinita misericórdia, sob a promessa, que te fazemos, de empregarmos os maiores esforços para não contrair outras.

Tu nos impuseste por lei expressa a caridade; mas, a caridade não consiste apenas em assistirmos os nossos semelhantes em suas necessidades; também consiste no esquecimento e no perdão das ofensas. Com que direito reclamaríamos a tua indulgência, se dela não usássemos para com aqueles que nos hão dado motivo de queixa?

Concede-nos, ó meu Deus, forças para apagar de nossa alma todo ressentimento, todo ódio e todo rancor. Faze que a morte não nos surpreenda guardando no coração desejos de vingança. Se te aprouver tirar-nos hoje mesmo deste mundo, faze que nos possamos apresentar, diante de ti, puros de toda animosidade, a exemplo do Cristo, cujos últimos pensamentos foram em prol dos seus algozes.

Constituem parte das nossas provas terrenas as perseguições que os maus nos infligem. Devemos, então, recebê-las sem nos queixarmos, como todas as outras provas, e não maldizer dos que, por suas maldades, nos rasgam o caminho da felicidade eterna, visto que nos disseste, por intermédio de Jesus: “Bem-aventurados os que sofrem pela justiça!” Bendigamos, portanto, a mão que nos fere e humilha, uma vez que as mortificações do corpo nos fortificam a alma e que seremos exalçados por efeito da nossa humildade. Bendito seja teu nome, Senhor, por nos teres ensinado que nossa sorte não está irrevogavelmente fixada depois da morte; que encontraremos, em outras existências, os meios de resgatar e de reparar nossas culpas passadas, de cumprir em nova vida o que não podemos fazer nesta, para nosso progresso.

Assim se explicam, afinal, todas as anomalias aparentes da vida. É a luz que se projeta sobre o nosso passado e o nosso futuro, sinal evidente da tua justiça soberana e da tua infinita bondade.

VI.  Não nos deixes entregues à tentação, mas livra-nos do mal.

Dá-nos, Senhor, a força de resistir às sugestões dos Espíritos maus, que tentem desviar-nos da senda do bem, inspirando-nos maus pensamentos.

Mas, somos Espíritos imperfeitos, encarnados na Terra para expiar nossas faltas e melhorar-nos. Em nós mesmos está a causa primária do mal e os maus Espíritos mais não fazem do que aproveitar os nossos pendores viciosos, em que nos entretêm para nos tentarem.

Cada imperfeição é uma porta aberta à influência deles, ao passo que são impotentes e renunciam a toda tentativa contra os seres perfeitos. É inútil tudo o que possamos fazer para afastá-los, se não lhes opusermos decidida e inabalável vontade de permanecer no bem e absoluta renúncia ao mal. Contra nós mesmos, pois, é que precisamos dirigir os nossos esforços e, se o fizermos, os maus Espíritos naturalmente se afastarão, ao passo que o bem os repele.

Senhor, ampara-nos em nossa fraqueza; inspira-nos, pelos nossos anjos guardiães e pelos bons Espíritos, a vontade de nos corrigirmos de todas as imperfeições a fim de obstarmos aos Espíritos maus o acesso à nossa alma.

O mal não é obra tua, Senhor, porquanto o manancial de todo o bem nada de mau pode gerar. Somos nós mesmos que criamos o mal, infringindo as tuas leis e fazendo mau uso da liberdade que nos outorgaste. Quando os homens as cumprirmos, o mal desaparecerá da Terra, como já desapareceu de mundos mais adiantados que o nosso.

O mal não constitui para ninguém uma necessidade fatal e só parece irresistível aos que nele se comprazem. Desde que temos vontade para o fazer, também podemos ter a de praticar o bem, pelo que, ó meu Deus, pedimos a tua assistência e a dos Espíritos bons, a fim de resistirmos à tentação.

VII.  Assim seja.

Praza-te, Senhor, que os nossos desejos se efetivem. Mas, curvamo-nos perante a tua sabedoria infinita. Que em todas as coisas que nos escapam à compreensão se faça a tua santa vontade e não a nossa, pois somente queres o nosso bem e, melhor do que nós, sabes o que nos convém.

Dirigimos-te esta prece, ó Deus, por nós mesmos e também por todas as almas sofredoras, encarnadas e desencarnadas, pelos nossos amigos e inimigos, por todos os que solicitem a nossa assistência.

Para todos suplicamos a tua misericórdia e a tua bênção.